terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Década de 2010: Um novo tempo ou mais dez anos de velhas práticas políticas na Paraíba?


Já dizia Cazuza: o tempo não pára, e por não parar, o ano de 2010 está bem próximo, e não se trata apenas de mais um novo ano, mas; de uma nova década, ou seja; de dez anos que virão.


Isso merece uma reflexão: Para nós paraibanos, o que será que nos reserva essa nova década? Serão dez anos de desenvolvimento, dez anos de letargia, ou dez anos de retrocesso? Será essa uma nova década de mudanças ou será mais uma entre tantas outras a repetição de velhas práticas políticas na Paraíba?


Embora eu sei que o tempo não pára, às vezes, porém; o tempo parece mesmo ter parado para alguns, que o diga a maioria de nossos parlamentares, que extáticos, estão presos à famigerada disputa pelo poder, que por efeito, vem ‘congelando’ também o futuro de nosso estado, por anos e anos.


Isso porque nossos agentes políticos vêm extrapolando os limites do bom senso, ao confundir oposição com fundamentalismos partidários; ao inverterem políticas com politicagens; ao misturarem democracia com demagogia; e o mais grave; ao pensarem que cargo eletivo é profissão de caráter privado ou vitalícia.


Diante dessas práticas e concepções nocivas, não é preciso bola de cristal, cartas de tarô, búzios ou algo do tipo, para saber que a partir de 2010, poderemos ter novamente em nossa Paraíba, uma reprise de acontecimentos que têm sido prejudiciais ao crescimento de nossa região.


É que aqui, o velho tem se passado pelo novo, o hoje pelo ontem, e o futuro pelo que já foi. Na verdade pouca coisa tem mudado, tendo em vista, que aquilo que é tido como diferente, nada mais é do que ‘um museu de grandes novidades.’


- Sim, o museu da política paraibana com suas verdadeiras relíquias do retrocesso, da discórdia, do ranço, do ressentimento, e até do ódio entre alguns, que em nada contribui para o nosso bem estar.


Esse mesmo museu que exala o mofo das múmias da nossa política, embalsamadas pelo ego, ultrapassadas pelas idéias e depauperadas pelo tempo, como ‘faraós’ que querem reinar eternamente sob as pirâmides do Palácio da Redenção, pois já se acostumaram em dar as ordens e ser idolatrados.


Por tudo isso, a década de 2010 significa um grande desafio para todos nós: Ou rompemos os laços do continuísmo que nos arrasta à mediocridade, para que possamos estabelecer uma nova ordem política em nosso estado, ou continuemos simplesmente do mesmo jeito como estamos, à deriva; dominados pelos mesmos de ontem, de hoje, e no mínimo, por mais dez...


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